Até eu me espanto quando paro pra pensar nesse meu lado. Ele existe. Só está apagado.
Apago por mil e um motivos.
Ás vezes me recordo dessa parte de mim.
Me recordo quando eu acordava pela manhã, nem bem fazia o que tinha que fazer e mandava um sms á alguém na tentativa de mostrar que acordei com a pessoa na cabeça, de certo havia sonhado com ela. Me recordo também de quando eu ia a essas feirinhas de artesanato, via algum objeto que me lembrasse alguém e comprava pra presentear. Mas gostava de tudo simples, nada de grandes presentes. Pequeno na embalagem e gigante na intenção. Na maioria das vezes era pra mostrar que a pessoa era importante. E se eu estava nesse no ponto de comprar algo que me lembrasse alguém, queria dizer que pelo menos um pouco eu a conhecia.
E as noites que o sono não vem porque a imagem da pessoa não sai da cabeça? Se a distância era pequena, eu encurtava mais ainda, ligando, ouvindo a voz. Mas se a distância era grande, eu fechava os olhos e sonhava. Sonhava pra poder encontrar quem estava muito, muito distante.
E o meu violão? Ah, meu parceiro das paixões aflitas! rs
Foi ele quem mais ouviu meus choramingos de amor. Ele que me fez companhia naqueles dias sorridentes em que meu coração pulsava de paixão, eu pegava a caneta o papel e compunha, uma, duas, três, quatro músicas e passava a madrugada criando melodia pra elas..
As pirracinhas, que no final só queriam só funcionavam pra eu poder chamar a atenção...
As músicas cantadas olho no olho pra alguém... ou daqui do quarto com o pensamento lá onde o alguém estivesse...
AI DE MIM QUE JÁ FUI ROMÂNTICA... Hoje eu acho que não sei mais. Perdi o costume, sabe? Esfriei... Mas nunca é tarde. Ás vezes sinto uma falta extrema de ser romântica assim com alguém... de beijinho aqui, mordidinha ali, abraço apertado nos dias frios... filme, coberta, pipoca... cinema e seus amassos. Comilança e risada na pizzaria... briguinha a toa por ciúme, cheirinho no pescoço, cafuné no cabelo... ai ai.
Ai de mim que sou romântica mesmo esquecendo como é ser.
Um pequeno estímulo e minha mente que vacila se recorda e sente saudade. Uma Thaís escondida dentro de mim pede baixinho: vamos tratar de ser feliz?
Boa noite!
Que texto lindo! Modificaria algumas coisas, mas tem um sentido sensacional !
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