Acho que ja é a segunda ou a terceira vez que escrevo sobre a minha profissão, ou melhor, minha quase profissão aqui no blog. Hoje não vai ser diferente. É que na verdade, o acaso me surpreendeu com um trabalho muito com e com pessoas muito do bem em pleno sábado. E eu me inspirei pra escrever.
Quando falo em trabalho muito bom, falo sobre a iniciativa de um ser humano pensante teatral em usar o teatro como ferramenta para a vida do cidadão (de qualquer faixa etária) e quando falo de pessoas do bem, falo de outros PENSANTES teatrais que se colocam a disposição para fazer esse trabalho acontecer.
Pra você que não conhece o meio teatral, apresento os dois lados da fita:
Lado A: pseudo-atores interessados apenas em cumprir uma certa cota e a fazer apenas o que lhe cabe.
LADO B: pseudo-atores interessados também em cumprir a tal cota, e além disso, fazendo além do que lhes cabe. Ou seja, não atuam apenas, mas fazem o que mais vier pra ser feito.
Existe muita gente que mescla os dois lados. Mas a diferença está numa coisa: gente que faz e espera reconhecimento e gente que faz e não espera nada, apenas tem como bonus o seu crescimento.
Vou dialogar grossamente com vocês e não me preocuparei com pompa.
Eu sempre fui uma garota muito xereta, desde pequena. Sempre quis aprender a fazer as coisas mesmo que não levasse jeito pra elas e por incrível que pareça, sempre me dei bem e aprendi muito sendo assim. Sempre fui daquele tipo de criança xereta que não esperava que me mandassem fazer alguma coisa. Se eu via que alguma coisa estava precisando de atenção eu mesma ia lá e fazia do meu jeito. Na maioria das vezes dava muita cagada, mas eu fazia, errava e aprendia com meu erro.
Graças a Deus, anos depois, agora no teatro, a coisa não mudou muito de figura. Continuo com essa xeretisse sem fim e levando os piores tocos por querer colocar a mão onde não devo. Mas é errando que eu continuo aprendendo. Me coloco a disposição mesmo. Sacrifico meus finais de semana, minhas horas de descanso e vou atrás do meu crescimento. Afinal, eu não quero ser atriz oca. Quero poder fazer tudo, saber mexer em tudo, quero as mil e uma utilidades do bombril. Por que não?
Me lembro que quando comecei a fazer teatro, eu era do tipo enxerida, que jogava os copos de café no lixo, xeretava a salinha do Jaime, puxava conversa com ele e com o Agostinho mesmo sem conhece-los. Observava, mexia no que não podia, levava xingo.. mas tava lá, querendo aprender.
INFELIZMENTE como o mundo é povoado por algumas pessoas que dedicam seu tempo falando mal das outras ao invés de dedicar seu tempo com coisas mais úteis essa minha xeretisse ganhou outro nome: PUXAÇÃO DE SACO. Exatamente. Minha xeretisse em querer aprender foi "confundida" por essas pessoas como o ato de puxar o saco de quem ensinava. E com o tempo (como eu fui ganhando espaço) de puxa saco, começaram a me chamar de "queridinha/protegida". Tudo o que eu conseguia através da minha xeretisse, era porque eu era queridinha de fulano de tal, protegida por fulano de tal.. NUNCA, NUNCA MESMO os venenosos, conseguiam enxergar que ganhei espaço por conta do meu interesse e da minha disponibilidade. Enfim..
Eu estou usando o passado, mas até hoje a coisa é mais ou menos assim. A diferença é que hoje eu não me importo MESMO. Eu deixo que digam, que pensem e que falem.. eu quero é usar meu tempo aprendendo o máximo que eu posso ali dentro do meu ambiente de trabalho e de estudo. Sei que não vou ficar ali pra sempre.. então o máxmo que eu puder aprender.. eu quero! Fico dias dormindo tarde e acordando muito cedo, me preocupando com textos, figurinos, adereços, compromissos.. mas procuro fazer TUDO da melhor forma possível. Grana? Graças a Deus (e ao meu esforço) atualmente eu tenho ganhado pra fazer tudo o que faço. Mas, mesmo se não ganhasse, eu faria! Além de querer crescer profissionalmente, eu AMO o que eu faço, então, com grana ou sem grana eu quero é aprender e dar a cara a tapa (e quantos tapas!)
Me exponho, me dedico e me entrego e realmente estou cagando e andando com os rótulos que me dão. Isso pra mim é recalque, inveja e tudo o que for do gênero. Acredito que é muito mais útil PARAR de falar da vida dos outros e ir fazer alguma coisa que preste, já que temos essa grande escola com grandes profissionais dispostos a nos ensinar. Só basta dedicação, interesse e vontade.. e é claro AMOR!
Mas voltando no dia de hoje, eu fico extramamente feliz quando encontro mais pessoas que pensam como eu e agem dessa mesma forma. Como somos felizes assim, indo além das cotas.. fazendo mais do que devíamos e sendo feliz mais do que esperávamos!
Boa noite =)
sábado, 24 de novembro de 2012
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
loucura
Que loucura!
Que loucura viver a vida assim a "Deus dará". Que loucura viver dias como o de hoje em que você se diverte com alguém, diverte esse alguém, cria momentos bons com alguém e ambos dividem tudo o que aconteceu. Sorrir sem medo, sem máscara e sem culpa. Fazer e dizer o que te vem na cabeça e sentir os ventos de uma liberdade adquirida depois de muito suor. Que loucura ter com quem compartilhar as loucuras. Rir até a barriga doer, sorrir pra caramba e dizer: porra, queria que todo dia fosse assim.
Os males que me alcançaram meses atrás vieram para o bem. Começo a pensar que estou trocando de pele e me libertando de mim mesma. Estou feliz.
Que loucura viver a vida assim a "Deus dará". Que loucura viver dias como o de hoje em que você se diverte com alguém, diverte esse alguém, cria momentos bons com alguém e ambos dividem tudo o que aconteceu. Sorrir sem medo, sem máscara e sem culpa. Fazer e dizer o que te vem na cabeça e sentir os ventos de uma liberdade adquirida depois de muito suor. Que loucura ter com quem compartilhar as loucuras. Rir até a barriga doer, sorrir pra caramba e dizer: porra, queria que todo dia fosse assim.
Os males que me alcançaram meses atrás vieram para o bem. Começo a pensar que estou trocando de pele e me libertando de mim mesma. Estou feliz.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Ia acontecer.
Eu realmente queria saber como é que se faz pra colocar uma "pedra" sobre algum momento passado.
É tão fácil dizer não é? Acontece que muitas coisas estão envolvidas nessa ação, principalmente pra quem de alguma forma foi atingido. Na prática não é fácil, não é simples.
Por essa luz que me alumia, eu digo: gostaria muito de colocar uma pedra em cima desses momentos que me trouxeram tanta dor, passar borracha, corretivo, sei lá. Fazer alguma coisa que de uma vez por todas fizesse com que as coisas voltassem a seu rumo natural. Mas não. Parece que a vida não quer que eu me esqueça dos fatos por completo. E se não for a vida, é o meu jeito. Não dá. Não dá e nunca ninguém vai entender o porque. E acredite. Por mais fria e cruel que possa parecer esssa forma de agir (e de algum modo acaba sendo), é um tanto quanto triste viver assim: ter que se manter afastada de alguém, que meses antrás te inspirava uma confiança sem medida.
Me pego com saudades em inúmeros dias.
Saudades do sorriso, da risada, das piadas, dos segredos, dos assuntos, das saídas e de tudo o que construía uma relação sólida e feliz. Porém hoje, é praticamente impossível ver essa história reconstruída. Mesmo que eu faça o maior esforço do mundo, a "pedra" é muito pesada e difícil de carregar. Infelizmente, acho que nunca vou poder dizer novamente: eu confio em você. Confiança é copo de vidro né. Quebrou uma vez, ja era. A gente cola, mas nunca fica igual.
Quando me lembro de tudo o que aconteceu, eu me pergunto inúmeras vezes: POR QUE?
Me culpo outras vezes por ter dedicado talvez uma amizade não tão forte, pra que fosse levada em consideração. Mas ainda em outras vezes eu penso: ia acontecer. Uma hora ou outra, com essa ou outra pessoa, ia acontecer e ia doer tanto quanto, ou até mais. Pelo menos o pior já passou e me restaram apenas os cacos de uma relação que ia caminhando da melhor maneira possível. Me resta um olhar meio torto, um sorriso sem graça e pra piorar, nem um abraço resta.
É triste. Triste demais.
Mas é o que sempre digo: nossas atitudes chegam acompanhadas de consequências. Sejam elas boas ou não, temos que estar preparados para arcar com o que vem depois de uma ação pensada ou não.
;)
É tão fácil dizer não é? Acontece que muitas coisas estão envolvidas nessa ação, principalmente pra quem de alguma forma foi atingido. Na prática não é fácil, não é simples.
Por essa luz que me alumia, eu digo: gostaria muito de colocar uma pedra em cima desses momentos que me trouxeram tanta dor, passar borracha, corretivo, sei lá. Fazer alguma coisa que de uma vez por todas fizesse com que as coisas voltassem a seu rumo natural. Mas não. Parece que a vida não quer que eu me esqueça dos fatos por completo. E se não for a vida, é o meu jeito. Não dá. Não dá e nunca ninguém vai entender o porque. E acredite. Por mais fria e cruel que possa parecer esssa forma de agir (e de algum modo acaba sendo), é um tanto quanto triste viver assim: ter que se manter afastada de alguém, que meses antrás te inspirava uma confiança sem medida.
Me pego com saudades em inúmeros dias.
Saudades do sorriso, da risada, das piadas, dos segredos, dos assuntos, das saídas e de tudo o que construía uma relação sólida e feliz. Porém hoje, é praticamente impossível ver essa história reconstruída. Mesmo que eu faça o maior esforço do mundo, a "pedra" é muito pesada e difícil de carregar. Infelizmente, acho que nunca vou poder dizer novamente: eu confio em você. Confiança é copo de vidro né. Quebrou uma vez, ja era. A gente cola, mas nunca fica igual.
Quando me lembro de tudo o que aconteceu, eu me pergunto inúmeras vezes: POR QUE?
Me culpo outras vezes por ter dedicado talvez uma amizade não tão forte, pra que fosse levada em consideração. Mas ainda em outras vezes eu penso: ia acontecer. Uma hora ou outra, com essa ou outra pessoa, ia acontecer e ia doer tanto quanto, ou até mais. Pelo menos o pior já passou e me restaram apenas os cacos de uma relação que ia caminhando da melhor maneira possível. Me resta um olhar meio torto, um sorriso sem graça e pra piorar, nem um abraço resta.
É triste. Triste demais.
Mas é o que sempre digo: nossas atitudes chegam acompanhadas de consequências. Sejam elas boas ou não, temos que estar preparados para arcar com o que vem depois de uma ação pensada ou não.
;)
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Bailarino da redoma de vidro
Entre quatro paredes pretas gira o inconstante rapaz.
Ele gira em sua inconstancia contida, introspectiva, fria
Ninguém sabe o porque e ninguém precisa saber.
Esse mundo é dele e isso basta.
Então ele gira. Gira dentro da redoma de vidro.
Ora ele dança a música, ora cambaleia, tropeça, mas não para.
Ele dança. Dança até sua inconstancia passar.
Dança até não poder se conter.
Dança até seu corpo esquentar.
Ele gira em sua inconstancia contida, introspectiva, fria
Ninguém sabe o porque e ninguém precisa saber.
Esse mundo é dele e isso basta.
Então ele gira. Gira dentro da redoma de vidro.
Ora ele dança a música, ora cambaleia, tropeça, mas não para.
Ele dança. Dança até sua inconstancia passar.
Dança até não poder se conter.
Dança até seu corpo esquentar.
O dia acordou cinza
Dias nublados como o de hoje me atentam a ficar olhando pro céu e perceber que os dias cinzas também são bonitos. O vento que bate em meu rosto e bagunça meu cabelo me faz sentir o cheiro da nova estação...
Retorno as minhas lembranças que agora não são mais tão genuínas. Uma coisa ou outra se tornou um borrão e eu como boa utópica que sou, crio alguma coisa naquele borrão, que evite o buraco nas bonitas imagens..
Que mal há nisso? As consequencias serão apenas minhas
Dias nublados sopram em mim ventos que me fazem criar um lugar que eu tenho reservado só pra mim e poucos meus..
domingo, 11 de novembro de 2012
Antes de deitar... (porque deitar não significa dormir)
Antes de deitar, respire fundo e tente pensar naquelas pequenas palavras das quais você idealiza e quer pra si. Automaticamente você vai suspirar e abrir um leve sorriso (não necessariamente nessa ordem). Seus olhos que ainda não estão fechados, farão do teto branco uma espécie de tela e as palavras geradas da idealização e do desejo, se transformarão em cenas, imagens e cores projetadas nesse médio espaço em branco. Quanto mais fundo a entrega, mais intenso serão os flashes e depois de um certo tempo as palavras se tornarão cheiro, clima e som. Tudo estará tão verdadeiro e tão próximo, que você irresistivelmente se deixará levar pelas projeções com cheiros, cores e som e as pálpebras, sem compromisso com a pressa, lentamente começarão a baixar. Com as pálpebras fechadas, o mergulho nesse mundo movido pelo desejo, será mais intenso e o barbante grosso que outrora separava o factual com o ficcional, se transformará numa linha fina, tênue, pronta para arrebentar. Tão fina e transparente que cinco minutos serão suficientes para sua mente emaranhar-se em um pensamento onde o fato e o fictício são irmãos gêmeos. E aí então, você começa a sonhar.. pois de todas as insônias causadas pela sina do querer e não poder e não ter, você chama o sono para sonhar. Só isso é realmente seu.
Sob os enfeitos da lúcida embriaguez de Luís Alberto de Abreu.
Sob os enfeitos da lúcida embriaguez de Luís Alberto de Abreu.
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