sábado, 4 de fevereiro de 2012

Ponto Final

Quem já não se cansou de escrever?
Simples. Começamos a escrever um texto qualquer, temos inspiração e palavras, muitas delas. E começamos. O lápis ou a caneta corre por aquelas linhas azuis ou pretas do caderno, temos argumento, temos ideias e o texto vai ganhando forma. Consoantes, vogais, pontos de exclamação, vírgulas, mas ponto final? Nunca. Ainda não ficou bom o suficiente.
Apaga, reescreva. Risque,passe corretivo, o que for, mas reescreva. Ainda não está bom o suficiente pro texto terminar. O tempo vai passando, e as ideias, assim como a inspiração, palavras e argumentos, vão se findando. Não pode ser! Tinha tudo pra ser um texto lindo, agradável! Mas é. Estou cansando de escrever. Olho pro relógio e já perdi a noção de quantas voltas aqueles ponteiros já deram, e eu aqui, insistindo, apagando, reescrevendo.
Mas as palavras todas já foram usadas, não tenho mais argumentos nem ideias pra que o texto continue, esgotou!
Releio. Quem sabe assim algo novo apareça, mas não, acabou, minha mente está cansada desse assunto e a unica coisa que resta é um ponto final. O temido ponto final!

Funciona exatamente assim com os relacionamentos que já sentem o peso do cansaço.
No começo, toda êxtase de quem quer escrever a mais bela e inesquecível história entre duas pessoas, dois amores, duas amizades. No meio, as situações já começam a se tornar embaraçosas, mas a gente persiste e consegue caminhar mais um pouco. No fim, nada resta. Procuramos algo que possa fazer ressurgir o êxtase do princípio,mas as fontes secaram-se também, e o que nos resta?

Revejo. Mas não tem jeito.
Minha alma e meu corpo estão cansados desse assunto e unica coisa que resta é usar o ponto final daquele texto e usá-lo aqui, na nossa vida também.

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