segunda-feira, 30 de abril de 2012

Apego

A reclamação é a mesma de muitas! O tal do apego direcionado a quem não merece.
São tantas as frases de insatisfação espalhadas por aí, ou frases de uma possível solução pra isso... Mas, não adianta, a gente sempre vai cair nessa, porque afinal, por mais clichê que seja, a gente nunca escolhe/sabe de quem a gente vai gostar.
É triste.
Você tira um tempinho do seu dia pra pensar, em alguns casos você até arruma um jeitinho de mostrar pra esse alguém algo do tipo "lembrei de você", mas em troca você ganha o silêncio. Pois sim.
Como eu disse, não adianta, na maioria das vezes parece uma sina. Mas chega uma hora que a gente precisa aprender a nos valorizar. Sim, isso é caso de valor.
É só você parar pra pensar um pouco no que você está fazendo e tentar se imaginar na situação. Sim, o resultado é que você acaba se vendo como um ridículo(a).
Enfim, existem pessoas no mundo que não merecem um pingo dessa atenção. Não estou supervalorizando os sentimentos de ninguém, mas também não vou menosprezar. Somos gente, com corpo, ALMA e coração. Mil vezes cortar o mal pela raiz, do que alimentar alguma coisa que você não vai dar conta depois.

domingo, 29 de abril de 2012

Diga.

Eu prefiro que você diga a verdade. Que fale logo de uma vez que eu ainda faço parte de você.
É mais bonito sabia? É o que você mostra colocando outra pessoa no meu lugar e fazendo de tudo para que eu veja isso. Suas atitudes só me provam que tudo o que você disse sobre nós, é falso.
Venhamos e convenhamos, nada vai mudar muito. Mas você parar de usar alguém pra tapar o buraco que eu fiz, já ajuda e me faz repensar em certos sacrifícios que eu faria por você.
Eu sei que ainda existo aí.
Sei que quando você beija a boca da outra pessoa, pensa nos meus lábios. Eu sei.
Não é nada relacionado ao egocentrismo, mas é saber que eu provoquei esse amor dentro de você, é ver suas atitudes desesperadas em fazer com que eu saiba que existe alguém no meu lugar. O que me leva a sorrir, porque eu sei que no fundo, nem tão fundo, o corpo que você queria encostado no teu AGORA, era o meu.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sobre a tal expurgação.

É muito mais fácil lidar com suas mazelas quando você as reconhece.
Até porque não tem como lutar contra algo que você não sabe, não conhece. Pra existir uma estratégia, é preciso antes conhecer o terreno. E estou começando a me auto-reconhecer.
Se engana quem pensa que os "monstros" só existem nos outros. Ás vezes o que você acha que está nos outros,  está na verdade em você e é por isso que toda a sua luta contra o outro tem sido em vão.
E se engana mais ainda quem pensa que é feio admitir. Não é!
Antes quem admite, do que quem esconde e fica lutando contra algo que está dentro dele próprio.

Expurgue-mos nossos males.
Vamos admitir nossas "doenças", porque só assim pra podermos curá-las.

Boa noite!

Assim caminha a humanidade...

Eu nunca gostei de realizar consultas médicas.
Quando estou doente se houver a possibilidade de me cuidar em casa eu prefiro, já que tenho uma mãe enfermeira que pode me ajudar, rs. Ás vezes chega até ser birra... mas em ultimo dos casos, quando eu vejo que a coisa tá preta, vou ao médico.
Não sei porque ainda tenho preferência pela consulta pública, desde pequena convivo nesse meio, por conta da minha mãe e sei que essa área aqui na minha cidade apodrece por N motivos..
Mas enfim né, a esperança é a ultima que morre.
Quem sabe dessa vez, apresentando um caso clínico grave me atendam decentemente. Grande Ilusão.
Falto do compromisso, fico mais de uma hora na fila pra ser atendida e o que ganho em troca é um péssimo atendimento de um dos médicos mais conhecidos da cidade.
Descrevo atendimento: Chego na sala, o médico nem olha na minha cara e não me manda sentar. Sento.
Ele olha meu histórico, me olha e diz: O que você quer MINHA QUERIDA?
Eu olho e digo o que tenho e blablabla. Ele diz: Menina, EU não posso fazer nada por você.
Eu digo: como assim? Ele diz: Me diga, o que quer? Uma guia? Um atestado? Receita?
Eu: o_o
Ele: Uma guia?
Eu: Bom, querer, eu queria que o senhor me atendesse de verdade, mas como não tem essa capacidade, me encaminhe apenas pra uma profissional que SEJA profissional de verdade.
Ele: não vou discutir.
Eu: Perfeito.
Ele faz a guia, joga em minhas mãos e manda chamar o próximo.

Qual a minha reação diante disso? rs
Indignação? Não mais...
Acabei aprendendo a conviver com esse tipo de atendimento durante todos esses anos.
Felizmente que tenho condições de pagar uma consulta... MAS, e aqueles que não tem?
Ficarão doentes pra sempre? O que será deles?
Enfim...
Bora tocar o barco, desembolsar uma graninha, afinal do jeito que tá não dá pra ficar.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Se algumas pessoas soubessem o quanto são importantes...
Se tentassem entender um pouquinho apenas do que penso antes de sair agindo só por intuição...
Se soubessem, talvez as coisas fossem diferentes.
A gente perde tanto tempo com coisas tão minúsculas.

Boa noite

terça-feira, 24 de abril de 2012

Segundo tempo..

Bom, eu acho que na maioria das vezes as pessoas se assustam com a minha forma de demonstrar afeto por elas. Demonstram e confundem.
Em alguns casos eu "exagero" por intenção mesmo, mas em outros minha ingenuidade é completa.
Eu até gosto de agir assim, já disse, sou a garota que adora que as intensidades, gosto de tudo intenso, nada meia boca, sabecomoé?
Mas ás vezes dá uma cansadinha. Eu jogo o primeiro tempo, to ali presente, dando assistência, driblando, querendo marcar o gol, mas nada. Jogo mais, corro atrás da bola, evito o gol contra, e nada..
Fim do primeiro tempo.
Intervalo pra pensar, avaliar as táticas de jogo, e se elas servem ou não pro segundo tempo.
Servem? Bora continuar com elas então.
Não servem? Na boa, eu tenho uns minutinhos pra bolar outra estratégia, tomar uma água, secar o rosto, dar uma respirada e voltar pro campo.
Sim, voltar pro campo. Quem mencionou desistir? O jogo é o mesmo, mas a estratégia é outra.
E se não der também, tem mais jogos vindo pela frente, uma hora ou outra o gol sai.

Que mudança de pato pra ganço né.
Mais é malemá assim. Acredito que seja a minha sina viver incompreendida e pré julgada em relação aos meus sentimentos. Mas uma coisa eu afirmo: se eu insisto é porque a pessoa tem valor, é importante. E como diz Charlie Brown Jr: Alguém já perguntou como é que foi seu dia? Isso faz falta no dia a dia .
Nem sempre uma palavra amiga, ou um parecer durante o dia são sinas de interesse. Apenas são demonstrações de afeto... e isso falta, ainda mais vindo de alguém que não faz questão de nada em troca... ah se faz!

Boa noite!

Já que cabeça vazia é oficina do capeta, a gente tem é que ocupar a cabeça com outra coisa, haha.
Taí o projetinho ainda incompleto das aulas de cenografia com o mestre Jaime Pinheiro!
Talvez a gente saiba que males nos apodrecem.
A gente só não admite isso porque o mesmo mal que nos apodrece nos vicia e é difícil largar.
Mas é preciso.
Não dá pra continuar convivendo com o que não nos faz bem. A gente tem que pensar que o que nos liga a isso é apenas o vício e nada mais. Nenhuma relação sentimental entre nós e o objeto vicioso, se ao menos isso existisse, dava pra dar um jeito.

E o mesmo objeto que nos apodrece, nos alimenta. E quando eu digo alimenta, incluo tudo. Amor, alegria. ódio, raiva, desejo, sorriso, tristeza, inveja, ciúme, decepção, amizade, confiança... tudo!
Uns meses atrás aí quebrei a cara com uma das pessoas que eu mais considerava na vida, daquelas que você pensa e diz: por essa pessoa coloco a mão no fogo e confio de olhos fechados.
O que acontece é que, quando eu estava de olhos fechados o que eu não acreditava que fosse possível acontecer, aconteceu e eu queimei a minha mão. Foi difícil, dificílimo! Ainda mais porque na mesma jogada estava envolvida uma pessoa que eu estava começando a gostar do jeito certo, ou seja a me apegar num nível maior. Eu, a pessoa que eu confiava de olhos fechados e o alvo do meu querer. Ia dar merda, só podia.
E deu. Perdi ambas as pessoas.
Perdi não, optei por não as querer mais na minha vida. Eu até tentei mante-las, tentei passar um corretivo naquilo ali pra ver se as coisas andavam, mas pelo contrário, ficaram no mesmo lugar. E pra eu não apodrecer mais o que já estava podre, resolvi cortar a raiz. É, cortei a raiz pra que não houvesse mais a possibilidade dos fatos se repetirem. Até porque quem sofreu mais nessa história fui eu, porque do outro lado eu só vi gente sambando na minha caveira.

Acontece que, depois desse episódio acaba se tornando difícil pra mim confiar em alguém de olhos completamente fechados, outra vez. O menor sinal de fumaça já me avisa que tem fogo. Isso lá tem seu lado bom e seu lado ruim, porque nem sempre os indícios são verdadeiros. Mas, e se eu estiver de olhos fechados outra vez? Se eu estiver de olhos fechados alguma coisa pode sim estar acontecendo nesse intervalo.
Eu digo que confio nas pessoas, mas tenho medo das mesmas me decepcionarem. Até as mesmas que acompanharam o episódio que narrei no parágrafo acima, até as mesmas que me deram forças, nutrem em mim a minha insegurança. Até porque elas não mostram o contrário, suas ações nunca me levam a crer que posso novamente voltar a fechar os olhos, que quando abri-los, elas estarão ali, do meu lado.
'Mas Thaís, nem sempre a sua forma de demonstrar confiança, é a forma com que os outros demonstram' - É, eu sei. Eu sei que ninguém é igual a ninguém e que minhas atitudes e demonstrações de confiança e afeto são diferentes da das outras pessoas. Mas pô, eu não sinto nem uma ponta de conforto.
A qualquer momento eu acho que aquela pessoa, vai fazer a mesma coisa que aquela outra fez e eu vou me ferrar outra vez.
Sei lá, a sensação é essa. De que a qualquer momento eu possa ser enganada outra vez por pessoas que eu gosto e confio, e pior do que ser enganada, ser roubada. Porque da primeira vez, além da pessoa me enganar, ela também levou de mim alguém que eu gostava, que eu me importava e eu me vi de mãos vazias.

Se eu ainda tiver créditos com Deus, peço: "Que eu volte a confiar nas pessoas, e que eu ainda consiga ver bondade em suas atitudes que me cheiram enganação e roubo".

segunda-feira, 23 de abril de 2012

" A gente parece formiga, lá em cima do avião..."

Como nossa vida de uma hora pra outra se torna significante quando passa diante dos nossos olhos numa linha tênue não é? É ali, nos 45 minutos do segundo tempo, sem os acréscimos que a gente diz "porra, vão sentir minha falta". Até porque o ser humano (por mais que negue) vive pra isso né minha gente, pra ser notado. Até o mais antisocial, possuído de suas armaduras no fundo, usa delas para que o notem.
E taí, de um jeito torto percebi minha significância. Significância essa que não é lá tão grande (ainda não dei minha grande contribuição ao teatro, não escrevi textos geniais, ou músicas que ficarão para a história) mas estou em pequenas partes em vidas espalhadas por aí.
Eu sei que você não deve estar entendendo nada e acredito que nem precisa entender, mas a vida anda me permitindo passar por certas situações para que eu compreenda certas coisas que ainda são incompreensíveis. De um modo grosseiro, assustador, digamos assim, mas talvez pela minha teimosia, esse tenha sido o unico jeito que a vida tenha conseguido chamar a minha atenção: pela dor.
Há um tempo atrás eu sempre pensei que a morte colocaria um fim rápido e indolor nas coisas as quais eu não conseguiria resolver. E ainda acho. Desejei com todas as minhas forças que ela viesse logo pra que certos episódios não se repetissem mais. Mas agora, que a sinto perto, ou que a senti perto, não sei se a desejo tanto assim. Nem é pela minha espectativa de vida sabe? Pouco me importa as coisas pelas quais ainda não passei, não vivenciei, tudo isso fica mesmo. Mas é por esse pouco de mim que existe dentro de algumas pessoas e por elas que ainda quero respirar e viver nessa Terra com dias contados. "Poxa Thaís, logo pelas pessoas que são tão inconstantes?". Sim, por elas. As pessoas da minha vida, por mais inconstantes que sejam, por mais que de lá pra cá mais tenham arrancado de mim um suspiro de decepção do que de alegria, me motivam. Gosto delas, e gosto muito. Gosto tanto a ponto de pensar: "Cara, se eu morrer quem vai amar fulano(a) de tal dessa forma?, quem fará isso por ele(a)?". Já disse, você não precisa entender.
Hoje, antes de dormir, pensei num Epitáfio. Ou melhor, pensei na hipótese de "E se eu tivesse tempo de agradecer e me despedir, que palavras usaria?" Foi aí então que quase cheguei a conclusão de que quero permanecer aqui. Tenho histórias pra terminar e amor pra demonstrar.
Mas de qualquer maneira, sigo tranquila. Ou melhor, quase tranquila.
Eu quero viver cada dia o último, demonstrar amor como se o amanhã não existisse, pois assim como as pessoas, os dias também são inconstantes, incertos e cheios de poréns...

Linha tênue entre a insignificancia e a significancia.

Boa noite!

domingo, 22 de abril de 2012

O segundo texto, tá mais pra texto teatral do que pra conto.
Acredito que recebi GRANDE influencia do que tenho lido ultimamente: NELSON RODRIGUES.
Por isso, meus personagens mórbidos, expurgando alguma raiva contida dentro de mim, hahahahha





“Nós”
(Fim de tarde, as cortinas da sala deixam o ambiente escuro. Telma está de costas, apoiada em uma escrivaninha. Jorge entra e lentamente vai até ela)

JORGE – (andando lentamente até Telma) Por que é que você me chamou aqui, Telma?
TELMA – (ainda de costas) Saudade ora...
JORGE – (Para no meio da sala e a observa) Saudades? (Indignado) Você me liga desesperada, me tira de casa e vem me dizer que me chamou por saudades? (Telma não responde) Telma, vem cá... Quando é que você vai entender que entre nós dois não existe mais nada?
TELMA – (calma) Se não existe, por que é que veio?
JORGE – (estranhando o comportamento de Telma) Já disse... Por causa do teu desespero... Você não tem a ninguém... Tive pena.
TELMA – (lentamente vai virando de frente para Jorge) Certeza Jorge querido? Certeza que não tem um pingo de importância comigo misturada nessa tua pena?
JORGE – (Jorge ao ver Telma se virando, recua lentamente para trás) Telma... Ou você me diz de vez o que quer, ou eu volto já pra casa e não coloco mais os pés aqui.
TELMA – (com a aparência doce, sorri para o ex-marido e o encara) Tranquilize-se Jorge... Quer uma bebida? (Jorge não responde) A saudade realmente é balela... E esse desespero todo é porque realmente existe algo entre nós... E isso precisa acabar.
JORGE – (ainda recuando, assustado) Acabar pra você Telma... Pra mim já acabou há muito tempo...
TELMA – (respira fundo e ajeita os cabelos) Luciana não é? Foi ela quem te mudou assim, de repente... (Jorge consente com a cabeça) Pois bem, Luciana faz parte do “nós”.
JORGE – Não estou entendendo Telma!
TELMA – (se aproxima de Jorge e o prende na parede, ao mesmo momento que fala, acaricia o rosto do ex- marido) Simples meu bem... Eu sei que você ainda me quer. Sei que me deseja (leva a mão de Jorge para passear em seu corpo) Mas também sei que o dinheiro de Luciana chamou muito mais a sua atenção do que o corpo magro da riquinha...
JORGE – (tentando se controlar ao sentir o corpo de Telma, gagueja) É mentira Telma... Me deixa sair daqui vai...
TELMA – (sorri agradável, lentamente vai subindo a mão pelo peito de Jorge) Não é mentira não e você sabe... Olhe bem pra mim Jorge, te conheço! De bobo, você não tem nada.
JORGE – (se excita um pouco com a carícia de Telma, mas revida) O sujo falando do mal lavado! Você também é interesseira Telma. Nunca ficou com alguém por amor... E sim por interesse. Só não sei o que você viu em mim, que não tenho um puto...
TELMA - (sorri, olha pra Jorge com desejo) Você é gostoso Jorge... Um poço que sacia meus desejos carnais, e apenas isso. Mas, pra minha surpresa, acabou sendo mais útil do que esperava. Luciana é linda... Linda e rica... (Telma volta a acariciar Jorge, agora descendo sua mão até calça de Jorge)
JORGE – (tentando se conter, tem medo e ao mesmo tempo desejo) E o que tem isso mulher? Te juro que agora é sério... Eu não sou mais o Jorge que você conheceu... (gaguejando, inseguro) Eu mudei...
TELMA – (prendendo Jorge na parede com mais força) Chega gostosão... Não te chamei aqui pra você me convencer se mudou ou não, isso, pouco me importa. Acontece meu amor, que nós dois, somos farinha do mesmo saco... A diferença é que quem sempre saiu perdendo nas nossas histórias, fui eu. Mas isso vai mudar e vai mudar é já...
JORGE – (tentando se soltar, respirando forte) Telma... Eu não estou entendendo, aonde você quer chegar?
TELMA – (lentamente, vai puxando um canivete de dentro de sua calça sem quem Jorge perceba e volta a acariciar o peito do ex-marido, com a outra mão. Sua voz a princípio é suave, mas conforme fala, sua voz fica agressiva e explode) Tão gostoso, mas tão lerdinho... Deixa que a sua ex-mulherzinha te explica as coisas. Lembra quando eu te disse que te chamei pra acabar com o que existe entre “nós”. Você é o que existe entre “nós” Jorge. Entre mim e Luciana. Você é o que está atrasando minha vida, meus planos e é com você que eu vou acabar. Eu vou tirar de você, tudo o que você não me deixou ganhar um dia, seu malandro! Tudo! E vai começar com a sua vida, depois com Luciana e depois com todo o dinheiro que ela com tanto amor pelo “papai” possui.
JORGE – (encara Telma, desesperado) Impossível! Luciana jamais acreditaria em você.
TELMA – (sorri descaradamente, preparando o canivete) Aí é que você se engana gostosinho... Ela não só acreditou na historinha do “ladrãozinho que a usou só pra roubar seu dinheiro”, quanto também ficou desamparada, desiludida e decidiu se arriscar numa aventura com a sua mulherzinha aqui.  (ri)
JORGE – (explode com raiva, encarando Telma) Aproveitadora! Você não vale o prato que come Telma. Me tira daqui, se não eu quebro tua cara!
TELMA – (sorrindo, doce) Tarde demais boy... Eu sou mulher de palavra. Não era isso que você queria? Acabar com o que existe entre “nós”, pois bem. O empecilho é você Jorge, você! (apunhala o canivete no peito de Jorge. Telma ri histérica e sombria. Jorge desfalece aos poucos até cair no chão. Telma guarda o canivete dentro da calça, vai até o telefone e disca. Jorge que aos poucos agoniza, ainda consegue ouvir a ligação)
TELMA – (encarando Jorge no chão, sorrindo, enquanto fala ao telefone) Alô? Oi Linda, sou eu, Telma. Como vai? Eu tenho novidades! Lembra daquele cara que te falei? Isso! Esse mesmo! Pois bem, ele me chamou hoje a tarde pra conversarmos e de uma vez por todas eu decidi acabar com o que existia entre “nós”. Não, não foi tão difícil... Foi até mais fácil do que pensei. Claro! Logo você também esquece daquele ladrão filha da mãe que te iludiu .Eu prometo ele não vai mais ser empecilho pra gente! E então? Te pego as 20h na sua casa? Fechado! Até mais tarde linda.
(Telma desliga o telefone, olha pra Jorge que ainda agoniza, pisca e gesticula com os lábios “bye-bye”).
E aí leitores.
Escrevi dois.. "contos". 
Tá ok, pra falar a verdade o primeiro é mais parecido do que seria um conto, do que o segundo.
Vou publica-los aqui, ok?


o primeiro, Eduardo e Estela.

Estela e Eduardo não se amavam. Até porque ambos fugiam do amor. Aquelas desculpas de "sofri demais", "quero dar um tempo pra mim", eram as mais ditas por eles quando o assunto era amor. Procuravam-se sem saber. Eram 22h30, era sexta-feira. Estela decide se trocar e sair por aí, à toa. Ela e Eduardo já tinham se encontrado outras vezes, se beijado outras vezes, mas nunca admitiam para si mesmo que existia mais que “química de beijo” entre eles.
Sei que se encontraram mais uma vez por puro acaso. Desses que acontecem quando você sai de casa com o cabelo desarrumado e com a pior roupa. O bar de esquina com jukebox. Estela nunca tinha parado pra prestar atenção naquele lugar e pra sua surpresa Eduardo estava ali, na porta, entrando. Encontraram-se, se entreolharam.
EDUARDO (pensando): Vou eu?
ESTELA (pensando): Não, vou eu.

Foram ambos.
Sorriso tímido de Estela. Eduardo coça a cabeça. Dentes de Estela que mordem seus próprios lábios.

ESTELA: Legal te ver por aqui.
EDUARDO: É... Legal! Vem sempre? (ri sem graça) – (pensando) Que merda! Cantada velha e sem graça...
ESTELA: Sempre quando quero beber...  – (pensa) Que mentira!
EDUARDO: Engraçado nunca tinha te visto por aqui.
ESTELA: Pois... (sorri sem graça) (longa pausa)
EDUARDO: Eu apareço sempre que estou cansado... Revigora.  Tem tempo? (Sorriso amarelo, boca saliva recordando o gosto bom do beijo de estela)
ESTELA: Cerveja? (Aproximam-se, olho nos olhos)
EDUARDO (sorri): Só se você me deixar te levar pra qualquer lugar... depois.
ESTELA (sorri mais, olha a boca de Eduardo): Feito!

Uma, duas, três no máximo seis garrafas de cerveja entre um olhar e outro, entre sorrisos e outros. Quando deram conta, eram eles o jukboox e os dois funcionários do bar, o dono e a dona certamente, que contavam o dinheiro e bebiam. Dividiram a conta, saíram juntos dalí. Estela e Eduardo. Saíram a pé mesmo, andaram em direção a um sobrado ainda em construção naquele mesmo bairro. Dava pra ver a placa verde do bar que piscava.

ESTELA: Por que não me procurou mais?
EDUARDO: Queria que o acaso te trouxesse você sabe como eu sou...
ESTELA: Sei... (pausa) Mas... É estranho. Não é que eu fique esperando... É que...
EDUARDO: Estela você me conhece pô. Nunca quis te deixar esperando, não sou assim. Penso no agora e se amanhã for pra ser, será.
ESTELA: Machuca um pouco a forma como você foge de nós dois...
EDUARDO: E você também não foge?
(Estela silencia e consente)
ESTELA (depois de um tempo): Não quero mais fugir...
EDUARDO: Eu também estou bem cansado... (sorri)

(Os dois se olham, se aproximam e se beijam)

A não espera os alimentava essa zona de conforto de cada um ser dele mesmo e de não se pertencerem, fazia o sentimento que por eles ainda não tinha um nome, aparecer.  Estela não queria saber de outra coisa, a não ser no ali e no agora. Ele também aproveitava cada segundo como único.

ESTELA (interrompe o beijo): Que tal se a gente parasse de fugir? (sorri)
EDUARDO: Depende. Vou encontrar descanso em você?
ESTELA (ri baixo): Não posso prometer... Mas posso até tentar ser aquele bar com jukebox. (Alisa o rosto de Eduardo com as pontas dos dedos enquanto fala) Você vem, deita nos meus braços, bebe dos meus beijos e a gente se revigora.

E riram. Silenciaram. Se olharam e foram... Outra vez pros braços um do outro.


sábado, 21 de abril de 2012

terça-feira, 17 de abril de 2012

Fixação?

Intuição.

Pessoas e suas complicações.
Eu já desisti de entender muita gente. Já desisti também de confiar em muita gente.
Por que? Pelo simples motivo de não ter porque confiar. Ou melhor, pelas pessoas não me darem motivos para confiar nelas. Não sei se é comigo, mas eu tenho sim um pé atrás e felizmente ou infelizmente minha intuição é certeira. Tá, ás vezes nem tanto... mas quando não é o que eu penso, é algo que quase chega lá.
Já disse pra mim inúmeras vezes que as pessoas não vão agir como eu. Como sabem, ou não sabem, eu sofro de uma certa ingenuidade de acreditar em tudo o que dizem. De confiar de olhos fechados e pior ainda, de colocar a mão no fogo por alguém. E adivinham? Sempre caio, sempre me queimo.
Não sei o que dá em algumas pessoas de invadirem a minha vida e sair catando tudo o que é meu (ou tudo que está pra ser meu),não sei  o que pensam. De certo, pensam que sou cega e não vejo tudo o que tramam, ou que sou surda e não escuto os baixos blásblásblás. Enfim.
Eu é que preciso ser mais fria.
Mais? Mais.
Eu ainda não sou fria coisa nenhuma. Preciso passar mais de um ano numa geladeira e sair quase uma estátua de gelo. Assim acho que as coisas andam.
Ser antipática, anti social e todos os anti's que existem no dicionário. Dessa forma, acredito que as coisas se endireitem. É muita gente pisando em cima do meu tapete, aproveitando da minha "nobreza" e da minha "ingenuidade" que ás vezes dá no saco.
Acorda Thaís. Você pode ser tudo, menos palhaça dos seus "amigos".
Confie em si mesmo, deposite sua fé em você e só.
Chega de se colocar no lugar dos outros, se os "outros" não se colocam no seu lugar.
Chega de ficar desperdiçando palavras, horas, com alguém e esse alguém não desperdiçar o mesmo, chega.
Você não está cansada de tanto estudar, trabalhar... você está cansada é das pessoas.
E infelizmente, por enquanto, a única saída que você tem pra isso é entrar num refrigerador e se congelar menina. Até quando raiar o sol... isso, SE raiar.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Que fue del amor ?

Você pensa, deseja, mas não ama.
Queria amar, mas existe um bloqueio.
Um medo.
Uma insegurança.

Falta quem mude isso.
Quem bagunce o que está arrumado.
Quem puxe a minha mão e pule do precipício comigo.
Falta.
Falta.
Falta...

terça-feira, 3 de abril de 2012

-

Você encontra algo que te atrai em alguém,
mas por via das dúvidas começa a procurar esse mesmo algo em outras pessoas.
Todo mundo já deu dessas.

É insegurança mesmo, medo de não ser suficiente, medo de levar um não.
E o que é melhor? Manter essa atração apenas pra sí? Compartilha-la? Arriscar perder até o que não tem?

É fogo viu.